Foto: quadro pintado por Iago de Oliveira Taboada, aos 5 anos, ainda ontem.
Ainda ontem era março…
Agora o ano é passado.
Pra onde foi a história
Que a negação ignora?
Ainda ontem era março…
E agora?
Ainda ontem era março…
E tudo era novidade.
O medo, as mortes, o “home office”.
Agora é tudo de novo e de novo e outra vez…
Ainda ontem champagne e um brinde a quê?
Viva a indiferenca que não nos vê!
Viva o desatino que rege destinos!
Viva a loucura e viva o clichê!
A meta agora é viver, é sobreviver.
Ainda ontem era março.
E amanhã vai ser março, outra vez…