Foto: trecho do discurso do escritor Mia Couto, em 2011, durante a Conferência de Estoril

Tem sempre um tribunal pronto a julgar.

A falta de empatia a predominar.

Se criam mil espaços para prevalecer

O ódio, a raiva, a ira que irão enaltecer.

Porque a sede agora é a de destruir

O que nos inspirava a evoluir.

O ensino e a ciência são o dissabor

Daquele que opina e acha que é favor.

O cancelamento é a modalidade

Da falta de amor à humanidade.

Falar em fé, com armas,

É outra novidade

De um mau agouro

Que cresce nas cidades!

Até quando os enganos prevalecerão?

Daqui há alguns anos ainda lembrarão?

De um tempo obscuro que já se viveu,

De lendas, mitos, danos,

Da falta de planos.

Quem dirá? Fui eu!

Gisela Oliveira

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